A cristã Rubina* morava em uma pequena vila no sudoeste de Bangladesh junto com o marido e duas filhas, mas agora ela não tem onde ficar. A família dela a expulsou porque ela passou a seguir Cristo. Há cerca de cinco meses, Rubina se deparou com uma pequena igreja na aldeia, onde o pastor local estava ensinando sobre a Bíblia.
Ela se interessou pelo que o pastor falava e quis saber mais. Por não ser cristã, ela tinha medo de entrar na igreja. Então, ela ouvia o culto do lado de fora do prédio, por uma janela, e ia regularmente para ouvir o ensino. Um dia, o pastor local a notou e percebeu que nunca a tinha visto antes. Quando percebeu que Rubina estava ouvindo as aulas de domingo do lado de fora, saiu para se apresentar a ela.
O pastor perguntou a Rubina o que ela estava fazendo fora do salão e ela respondeu: “Eu amo o ensino, então estou ouvindo. Eu gostaria de entregar minha vida a Jesus e compartilhar isso com meu marido.” Rubina correu para casa para contar ao marido sobre Jesus e como ela decidiu segui-lo. Mas o marido ficou muito zangado e bateu nela até feri-la em vários lugares do corpo.
O marido de Rubina avisou-lhe para nunca mais ir à igreja e a impediu de continuar ouvindo os ensinamentos sobre Jesus, mas a cristã não conseguiu parar. Ela sabia que Jesus era real, e queria saber mais. Por isso, passou a ouvir os ensinamentos em segredo, mas foi pega e foi agredida novamente. Ela foi expulsa de casa e agredida pelo marido após a conversão.
Além de bater na seguidora de Jesus, o esposo dela ameaçou o pastor local: “Se você continuar fazendo suas atividades religiosas nesta aldeia, eu vou bater em você.”
Então, em junho, o marido de Rubina se divorciou verbalmente dela – o divórcio oral é uma forma islâmica de divórcio, pela qual o cônjuge pronuncia a palavra “Talaq” três vezes e o divórcio é eficaz. Ele também a expulsou de casa com um aviso claro de que ela nunca mais entraria naquela lugar.
Rubina e a filha de 18 anos, Shalma*, tiveram que sair de casa. Nem mesmo os pais da cristã apoiariam ou deram abrigo para elas. Por isso, ela estão morando provisoriamente na casa de um cristão local.
A cristã tinha um emprego antes da conversão, mas ao ser expulsa de casa e receber o divórcio, ela também foi demitida e está com dificuldades para encontrar um novo trabalho. Para a cultura local, as mulheres não devem morar sozinhas, sem a presença de um homem. Por isso, Rubina e a filha correm o risco de serem atacadas por homens da aldeia.
Apesar de sua situação parecer desanimadora, Rubina ainda mantém a fé e compartilhou a boa notícia sobre Jesus com a irmã, que está mais aberta para entender o evangelho. Os parceiros da Portas Abertas em Bangladesh pedem orações pelas cristãs e já forneceram alimentos básicos, como arroz, óleo de cozinha, sabão e batatas a elas.
Fonte: Portas Abertas
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